segunda-feira, 16 de maio de 2011

Black Country Communion - Black Country - 2010 - Review


Nessa semana resolvi fazer reviews dos discos do Black Country Communion, que para quem não sabe, é um supergrupo formado por nada mais nada menos que Glenn Hughes (ex Deep Purple e Black Sabbath - acho que dispensa apresentações) nos vocais e no baixo, Joe Bonamassa, jovem guitarrista influenciado pelo blues inglês dos anos 60, Jason Bonham na bateria, filho "DO CARA" e Derek Sherinian nos teclados. O Black Country Communion, ou se preferir BCC ainda conta com o apoio de Kevin Shirley (Iron Maiden, Dream Theater) na produção dos discos.

Está super banda foi formada em 2010 e logo surpreendeu o mundo com seu primeiro disco, que é o assunto de hoje.

O álbum realmente tem uma pegada muito clássica e ao mesmo tempo alguns elementos meio modernos, mas sem soar irritante....pelo contrário. Tudo só como uma combinação perfeita para encontrar a pedra filosofal, em uma mistura alquímica perfeita.

Antes de comentar faixa por faixa, vale a pena destacar dois pontos. A capa do disco que é uma obra prima em termos de rock and roll, como você pode ver na imagem acima, simples porém inesquecível, assim como o proposta de som da banda. O outro ponto são as letras que em certos momentos mostram que a banda, especialmente Glenn Hughes, foi muito influenciado pela filosofia oriental. Talvez as faixas "Down Again" seja mais introspectivas em termos de letras, mas o restante do disco soa bem positivo e de certo modo, otimista.

Muito bem, sem enrolações, vamos comentar rapidamente faixa por faixa:

- Black Country: O disco começa de forma mais que perfeita. Não dá pra explicar como algo tão bom não teve repercussão maior no espectro musical. A introdução do baixo do Glenn Hughes é perfeita, agressiva e é obviamente o carro chefe para que os outros instrumentos entrem com a mesma agressividade e perfeição. E para completar a cereja do bolo são os vocais típicos de Glenn Hughes, onde ele canta seguindo o seu tom típico, porém com a potência metálica que essa faixa possui, até que chega a parte do refrão e toda a agressividade é pausada para que Glenn Hughes proclame como um verdadeiro messias do Rock - "I am the messenger, this is my prophecy, and I'm going back, to the Black Country - perfeito. Então, logo após essa pausa, o baixo volta, seguido dos outros instrumentos, voz e tudo se repete. Vale toda essa descrição porque essa faixa é um verdadeiro clássico no nível de qualquer coisa quer o Sabbath, o Purple e o Led Zeppelin fizeram nos anos 70....acresdite se quiser e escute poruq vale a pena e você vai ver que não é exagero.

- One Last Soul: A segunda faixa é o single do disco, o único por sinal. Segue uma linha bem menos agressiva e é bem comercial, tem um refrão marcante que logo vai grudar como chiclete na sua cabeça, mas não pense que isso significa que a música soa como algo bobinho....pelo contrário, a banda mostra uma maturidade incrível e mais uma vez Glenn Hughes mostra o porque que é uma das maiores vozes do rock. Por sinal, depois de Black Country essa é a melhor faixa do disco.

- The Great Divide: O clima do disco ainda continua em alta, apesar que ela soa como uma verdadeira coitada após os dois grandes clássicos que iniciam o disco. Ainda sim é uma música bem interessante com os refrões típicos que só o Glenn Hughes sabe fazer, isso sem contar o pós refrão que possui viradas brilhantes, Jason Bonham é praticamente a reencarnação do seu pai em termos de bateria.

- Down Again: Uma faixa um pouco mais cadenciada com um riff até certo ponto marcante e meio grooveada (se é que essa palavra existe mesmo). O refrão também é inesquecível. Essa música como um todo, chega a lembrar algumas coisas do "The Way it is" (disco solo do Glenn Hughes lançado em 1999). Muito bom, uma das melhores!

- Beggarman: Faixa escrita apenas por Glenn Hughes, você logo supoe que deve lembrar algo de sua carreira solo. E lembra mesmo...principalmente muitas coisas da época do "Songs in the key of rock" com sua vibe dos anos 70.

- Song of Yesterday: Aqui as coisas mudam um pouco de rumo, pois é Joe Bonamassa que assume os vocais nessa faixa. Por sinal é uma música bem interessante e até certo ponto meio viajante. Seria legal ver Glenn Hughes assumindo os vocais para essa faixa toda, que na minha opinião combinaria mais, porém ele só aparece no refrão. Claro que não estou desmerecendo o Bonamassa, até porque em outras faixas o vocal dele se encaixou perfeitamente (especialmente no segundo disco do BCC).

- No Time: Faixa rápida porém um dos 2 pontos fracos do disco. Nem todos os discos são perfeitos não é mesmo?!

- Medusa: Aqui em contrapartida, encontramos mais um ponto alto nessaregravação de um dos grandes clássicos do Trapeze, banda que revelou Glenn Hughes ao Deep Purple e ao mundo. Um grande clássico, do disco de mesmo nome Medusa mostra a extrema competência que essa banda tem em resgatar o típico som inglês influenciado pelo blues. Se depender dessa banda, o som típico do Sabbath, do Zeppelin e de todas essas outras bandas clássicas continuaram vivendo por muito tempo. Versão sólida, assim como a original. Nota dez!

- The Revolution in me: Mais uma faixa com Joe Bonamassa no vocal. Essa faixa, assim como a "No time", não me agrada muito, talvez o riff robótico não ajude muito...

- Standing (at the Burning Tree): Faixa legal com uma levada que também lembra o trabalho do "Songs in the key of rock". Riff marcante, quase na linha do Black Sabbath...veja bem, quase!!!

- Sista Jane: Interessante música com uma levada mais comercial e um riff inicial que lembra muito o AC/DC, refrão bem animado e com um ótimo trabalho de Glenn Hughes e Joe Bonamassa, dividindo os vocais.

- Too Late for the Sun: Mais uma música onde Hughes e Bonamassa dividem os vocais, um final perfeito para um disco praticamente perfeito. Com seus mais de 11 minutos essa faixa leva o ouvinte para uma viagem mais que especial. Disparada a música mais progressiva do disco, que de certa forma prepara os fãs para o próximo disco da banda que tem uma sonoridade um pouco mais diferenciada. Realmente eles encerram o disco com chave de ouro, mesmo não sendo a melhor faixa do álbum.

Aguarde no próximo post o review do segundo disco do Black Country Communion, que eu já tive o prazer e o privilégio de escutar...até lá!!

Fim!

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