terça-feira, 15 de setembro de 2009
KISS - Sonic Boom (2009) - Review
E depois de 11 anos o KISS lançou mais um álbum de estúdio. Há alguns anos atrás nem o fã mais otimista esperava ver um álbum de músicas inéditas do KISS novamente devido a homérica quantidades de declarações de Gene Simmons dizendo que jamais o KISS irá gravar um álbum novo devido a pirataria ou falta de tempo ou desinteresse de fãs, enfim, no fim das contas a banda voltou ao estúdio com seus “novos” e controversos integrantes, Tommy Thayer e Eric Singer que assumirar de vez a maquiagem original de Ace e Peter respectivamente.
Quanto ao disco eu tive a oportunidade de escutar uma vez, então vou colocar aqui as minhas primeiras impressões sobre o álbum, comentando faixa por faixa.
No geral o disco me lembrou bastante o Revenge de 1992, apesar de Paul e Gene declararem inúmeras vezes que o disco soaria como algo lançado durante os anos 70, porém são poucas músicas que lembram efetivamente algo dos anos 70, talvez a maneira de como o álbum foi gravado seja semelhante os discos dos anos 70, mas fora isso as composições em grande maioria lembram as músicas encontradas no Revenge mesmo.
Modern Day Delilah – Cantada por Paul Stanley, música que a grande maioria já teve oportunidade de ouvir, tem um riff marcante, um refrão que gruda na cabeça e absolutamente lembra muito o Kiss de 1992!! Apesar de ser lançada como primeiro single, não acho que a música tem muito apelo comercial apesar de ser muito boa. Talvez uma das melhores do disco. Sem contar que o solo de guitarra de Tommy Thayer é muito bom.
Russian Roulette – Música de Gene, soa como algo que ele teria feito no Revenge. Mostrando muita carisma nos vocais e com um baixo extremamente marcante. No pré refrão a música dá uma acelerada e depois volta ao normal no refrão, e a letra tem a marca registrada de Gene.
Never Enough – Mais uma que lembra e muito algo do Revenge, na verdade o que ela lembra mesmo é a "Nothing But a Good Time" do Poison. Vejo o KISS passando mais problemas com a justiça por plagiar uma música....lembram da Dreaming no Psycho Circus....Paul canta essa música. Uma música boa, porém nada de extraordinário.
Nobody’s Perfect – Cantada por Gene, é a melhor música do disco. Aqui as coisas mudam um pouco de foco. A canção lembra mais o KISS da época do Animalize. Com Gene cantando de maneira semelhante ao que ele cantava em 1984/1985. Não é à toa, já que boa parte dessa música é remanescente de uma demo que Gene gravou durante os anos 80.
Stand – Misture algo que o KISS fez nos anos 70 com God Gave Rock n roll to you. É exatamente como essa ótima música soa. Inclusive vocês iram entender porque eu insisto tanto que esse disco se parece com o KISS de 1992. Tem uma passagem após o solo de guitarra nessa faixa que reflete exatamente o KISS dessa época. Confiram e vocês vão entender.
Hot and Cold – A música que mais lembra o KISS dos anos 70. Afinal, o verso surgiu de uma famosa demo que Gene gravou durante os anos 70 chamada “Rotten to the Core”. Muito boa!!
All for the Glory – Cantada por Eric Singer e composta por Paul Stanley, lembra nitidamente algo do Hot in the Shade, com um refrão com muita melodia, muito boa a faixa e com grande apelo comerical. Os vocais de Eric seriam uma espécie de mistura das vozes de Eric Carr e Peter Criss.
Danger Us – Música mais fraca do disco, na minha opinião, cantada por Paul. Também lembra alguma coisa do Hot in the Shade, ainda não consegui pescar o que é exatamente mas lembra algo mais fraco daquele disco.
I’m an Animal – Música cantada por Gene. Na verdade é uma versão de Feel Like Heaven do Peter Criss, com um riff bem arrastado e marcante. Lembra musicalmente algo como War Machine misturado com alguma coisa que Gene faria nos anos 70, como Almost Human talvez. Apesar de tudo achei a composição mais fraca de Gene no disco.
When Ligtning Strikes – Música cantada por Tommy Thayer, que surpreendeu positivamente. A voz dele lembra muito os tons mais baixos de Joe Elliot do Def Leppard no começo da carreira. Inclusive a música lembra e muito qualquer coisa do Def Leppard na época do High N Dry.
Say Yeah – A última faixa do disco. Cantada por Paul e com um grande apelo comercial. Com um refrão bem grudento, soa mais uma vez como algum remanescente do Revenge, misturado com qualquer coisa que Paul fez no Psycho Circus. Maneira perfeita para fechar um grande disco.
No geral um disco muito bom, um pouco melhor que seu último disco, o Psycho Circus. Se você é fã do Revenge, provavelmente você irá gostar desse disco. Então pode se crer que esse é mais um excelente álbum da banda mais quente do mundo.
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